Review | Bayonetta 2

Victor Voss
3 min readOct 14, 2020

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Reprodução/PlatinumGames

Bayonetta 2 chegou com muitas novidades em 2014 querendo que o amanhã fosse dela, mas apesar da sua grande surpresa precisou de muito mais que boas rimas visuais. Originalmente desenvolvido pela PlatinumGames e publicado pela Nintendo, lançado para o Nintendo Wii U e posteriormente chegando ao Nintendo Switch em 2018, Bayonetta 2 é uma atualização para o gênero de Hack and Slash.

A obra como um todo se referencia à ela em todo o tempo, sempre procurando recriar momentos que sejam equivalentes aos do game anterior. A forma como a história vai crescendo e se desenrolando, a forma com que seus conflitos se desenvolvem e tudo se apresenta de uma forma mais suave que seu antecessor, se dá a adição do novo personagem Loki. Sua existência move literalmente o enredo de forma a tudo se conectar, mantendo aquele ar de mistério característico da série.

O que seria de um novo título da bruxona se não houvessem novas armas para o seu arsenal? Conquistamos de um arco e flecha (Kafka) a uma foice com lâminas triplas (Chernobog), que lhe dão uma nova gama de combos e estratégias em combate contra anjos e demônios. A criação de cada combo com o uso de diversas armas se mantém neste novo título, dando ao jogador a liberdade de conectar combos entre armas diferentes. Apesar disso, nem tudo se resume a inovação pois boa parte deste arsenal está ali como substitutos: as Rakshasas vieram fazer os combos a distância da Shuraba, tal qual Undine com os poderes elementais estão no lugar das Durgas e seus golpes de média à curta distância.

Bayonetta 2 só chegou em nossas mãos graças ao investimento que a Nintendo fez em sua produção, então mais do que justo que houvesse “Nintendices” neste título. Apesar de nada realmente impactar de forma negativa, a curva de aprendizagem neste jogo foi planejada de forma que novos jogadores se sentissem mais convidados a conhecer a série. O jogo se torna realmente muito mais fácil em seu início graças à uma nova mecânica chamada Umbra Climax, onde todos seus golpes serão executados de forma a dar mais dano, num alcance maior, enquanto você recupera uma parcela de vida por um curto período de tempo. Mas, como se não bastasse, o real desafio só será encontrado em seus capítulos finais, onde você encontrará o acervo mais desafiador de inimigos.

Apesar de Hideki Kamiya não ter dirigido o segundo título, dá para sentir como Bayonetta 2 deu um passo no avançar do gênero Hack n Slash. Muitos dos problemas de ritmo que o primeiro jogo sofreu, em seu sucessor foram totalmente solucionados, transformando-o em uma jornada empolgante a cada capítulo. Apesar das leves mudanças sofridas de um título para o outro, toda sua essência está lá! Debochar de inimigos gigantescos, finalizações exageradas e um excelente sistema de combos!

Originalmente postado em Cultura Nerdica, setembro de 2018.

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